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Jornalista e músico por amor a ambos os ofícios, mantenho esse espaço sem fins lucrativos para divulgar a cena local, seja com a participação de banda locais, seja com a bandas nacionais.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Projeto Afina Alagoas

A música alagoana em destaque
Projeto visa fomentar, debater e incentivar a profissionalização da produção musical local

fonte: assessoria

Debater, promover e incentivar a profissionalização da produção musical alagoana. Essa é a proposta do “Afina Alagoas”, novo projeto do Instituto Zumbi dos Palmares, através do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, em parceria com a Cooperativa da Música de Alagoas e Sebrae.

O pontapé inicial acontece na próxima quinta -feira, 28/10 às 20 horas, com a palestra "Música Ltda - como transformar sua banda em uma microempresa", baseada em livro homônimo do produtor musical Leonardo Salazar. Evento acontece no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, do IZP. Na obra, Salazar revela que geralmente o músico é quem menos ganha dinheiro com a música. Para superar isso, diz, o músico precisa não só ensaiar e tocar, mas “aprender a tocar o negócio”.

A palestra será ministrado pelo próprio autor e desenvolve conhecimentos que permitem entender a cadeia produtiva da música na atualidade, formalizar o empreendimento musical, buscar fontes alternativas de financiamento e elaborar plano de negócios. A palestra tem como objetivo estimular o desenvolvimento do músico alagoano enquanto empreendedor.

Como parte das ações do projeto, em novembro e dezembro acontecerão debates e palestras sobre cenografia, luz, som e roteiro, que são os aspectos envolvidos na construção de um espetáculo musical.

Fechando esta edição inaugural do projeto Afina Alagoas, também será oferecido ao público, através da Rádio Educativa FM, um dia inteiro de programação musical com composições de artistas alagoanos. Além de gravação de especial ao vivo do programa Vida de Artista, diretamente do Linda Mascarenhas, que será exibido em seguida na TV Educativa. As datas serão divulgadas oportunamente.

Palestrante

Leonardo Salazar é jornalista pela UFPE e especialista em Gestão de Negócios (FCAP/UPE). Trabalha com o negócio da música desde dezembro de 2001. Foi assessor de imprensa, assistente de produção, empresário, agente, produtor de artistas, promotor de shows, tour manager no Brasil e em alguns países da Europa, produtor fonográfico e sócio-administrador da própria microempresa de produção cultural.

Salazar já participou de aproximadamente 213 eventos musicais, em 68 casas de show e 35 festivais, passando por 34 cidades de cinco países e dois continentes. Elaborou projetos culturais e captou recursos diretamente com empresas e governos. Ministrou cursos, oficinas e palestras a convite do Ministério da Cultura, da Fundarpe e da Prefeitura de Recife. Também foi professor das disciplinas "Empreendedorismo" e "Elaboração de projetos culturais", do curso de Produção Fonográfica da faculdade AESO, e palestrante da Feira Música Brasil 2009.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tagima Twelve Tuner - melhor que os chineses dos outros!


Que a China é a fábrica do mundo, acho que o mundo todo já sabia! Mas músicos brasileiros ainda são preconceituosos em relação ao que esta sendo feito dentro da grande muralha. Principalmente se esses produtos são ligados a empresas brasileiras, como a Giannini, Condor, Tagima...

Seguindo uma tendência de mercado adotada por todo o mundo, as fábricas brasileiras também terceirizaram sua linha de produção, e após a enxurrada de produtos de qualidade sofrível e de extremo mau gosto, agora chegou a hora dos bons produtos chineses reverterem essa impressão.

Com a adoção da linha Acoustic da Tagima, e com a linha Signature, a Tagima aqueceu o mercado nacional de violões e mostrou que a qualidade sempre associada aos violões brasileiros tinha que ser levada em consideração mesmo em produtos acessíveis. Colocando nossa empresas no mesmo patamar de grandes marcas internacionais, como a Epiphonne, Takamine, Yamaha entre outras.

O Tagima Twelve Tunner, por exemplo, é um violão de 12 cordas de uma empresa nacional com qualidade comparável as melhores marcas do mercado custando a metade do preço. Construído com tampo laminado de Spruce, faixas e fundo laminado em Mogno e braço também em Mogno, conta com cavalete e escala em Rosewood, que nada mais é que Jacarandá indiano, com qualidades sonoras comparáveis ao nosso Jacarandá da Bahia. Isso só já coloca nosso conterrâneo importado ao lado de outros chineses importados, pois a mesma configuração de madeiras é encontrada na maioria dos violões de grandes marcas.

Quanto aos ajustes, o Nut estava bem cortado e bem ajustado, mas como no modelo assinatura Juninho Afram, também da Tagima, minha única ressalva é a altura do cavalete, muito alto, tornando-o duro de tocar. Levei-o a um Luthier de confiança, que identificou ser necessário não só um ajuste no rastilho, mas também um ajuste na altura do cavalete, rebaixando-o em quase 2 mm, pode até parecer pouco, mas quando falamos de violão é o suficiente para evitar lesões e ematomas, causados por cordas de violões, quem já tocou com violão de ação alta além do necessário sabe disso. Após o ajuste o violão ficou macio e foi encordoado com cordas .010, o que o deixou extremamente confortável para um 12 cordas.

As tarraxas, são simples e blindadas, mas seguram bem a afinação, e em um 12 cordas isso é muito importante, já que o tempo que se perde afinando o instrumento é duas vezes maior que em um violão comum, em manter as cordas afinadas é uma necessidade básica. O tensor do braço é outro ponto de destaque, pois mesmo com cordas mais pesadas o braço se manteve reto, mantendo a ação desejada no ajuste.

Equipado com um sistema Tagima TEQ-7, também de origem Chines, o violão foi plugado em uma caixa multiuso, dessas com entradas pra violão, teclado e voz. E produziu um som forte, com graves altos e agudos brilhantes,mesmo estando na posição Flat. Ajustes de equalização, mesmo sendo mínimos, são significativos no resultado do timbre, mostrando o sistema confiável e honesto. Além do controle de volume, conta com as bandas de equalização comum a todos os violões, Graves, Médios, Agudos e Presença, além de um eficiente afinador integrado. Uma pena o afinador não ter um sistema de iluminação para ser usado a noite nos palcos ou em locais escuros.

Plagiando aquela propaganda de televisão, “os nossos chineses são melhores que os chineses dos outros!” e isso fica provado ao comparar. Os instrumentos importados ficam pelo menos pelo dobro do preço do Twelve. E com a grana que sobra dá pra comprar um bom case, um cabo, um tampão antimicrofonia, algumas palhetas, e cordas reservas para deixá-lo pronto para qualquer situação.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

D'addario EXP! uma experiência de durabilidade!

Após alguns meses de afastamento por estar trabalhando para um candidato nas Eleições 2010, estou de volta ao meu ofício no blog. De antemão peço desculpa aos internautas, pois sei que a ausência é algo ruim para um blog, mas foi uma questão de sobrevivência, a final de contas é preciso comer para poder escrever este blog.

Como disse no último post ainda na primeira metade do ano, recebi da D'addario um encordoamento da Linha EXP, que possui um revestimento para combater a corrosão causada pelo suor e pela ação do tempo, no calibre ,010. Como tava no embate da eleição, fiquei sem tempo hábil para fazer o teste, então passei o encordoamento a Gilberto Filho, musico da noite alagoana que toca todas as noites, menos na segunda, e ainda é guitarrista na banda do pai dele.

As cordas foram instaladas no híbrido de violão e guitarra da Crafter com um captador modelo P-90 da Kent Amstrong no braço, e um de rastilho na ponte. Segundo Gilberto a tensão ,010 gerou um desconforto pra ele já que costumeiramente ele usa ,011 no instrumento, mas que o timbre e a qualidade do material é muito boa. O encordoamento que ele usa normalmente é o D'addario XL, e ele o troca a cada 15 dias, com o EXP as cordas permaneceram no violão por quase 3 meses, sem perder o brilho do acabamento e mantendo o timbre estável. Vale lembrar a maneira que gilberto cuida do violão após o uso: ele apenas passa uma flanela seca nas cordas e o guarda do case.

Isso quer dizer que as cordas cumprem até mais do que prometem! aos que sentiram falta de detalhes sobre os timbres... não há diferênça significativa entre o EXP e o XL!

em uma escala de 0 a 10 eu daria 11 a esse encordoamento. Só faço uma única ressalva, uma reposicionada nos preços tornariam esse encordoamento imbatível. "Eu usaria esse encordoamento sem problemas mas com o preço dele eu compro dois XL, e como toco na noite ter cordas reservas é uma necessidade." afirmou Gilberto Filho ao me passar o relatório do teste!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Atenção de Representante

Há alguns dias testei um encordoamento D'addario para violão aço e publiquei neste blog, como pode ser visto mais abaixo. Como faço após todos os teste, comuniquei a empresa responsável pela representação do produto no Brasil, a Musical Express.
No dia seguinte, recebi um e-mail do Gerente de Marketing da referida empresa, perguntando se eu não queria testar um produto novo que eles estão colocando a disposição no mercado. Um encordoamento da linha EXP para guitarra, que promete fazer com que as cordas durem até 5 vezes mais que o normal.
De antemão, digo... meu suor é super corrosivo, e moro em uma cidade litorânea o que agrava a situação das cordas, mas mesmo assim, se essas cordas durarem 3 ou quem sabe 4 vezes mais do que o esperado, pode-se dizer que as mesmas cumprem tudo o que prometem, além do que, não sou um musico muito cuidadoso a durabilidade e com a limpeza do equipamento o que agrava ainda mais seu estado de conservação.
Fiquem atentos, em breve estarei divulgando o resultado aqui mesmo no blog e estou muito ansioso para conferir se cumpre tudo o que diz.

até lá!!!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Vá Com Deus Batera!

imagem: Jornal Gazeta de Alagoas

Paixão! Assim pode-se descrever o sentimento de Roberto Antônio Vieira Gomes pela música. O Beto Batera como fez fama na música nacional e nos bares de Maceió, era um extraordinário músico de jazz, baterista de mãos cheias e amante da música. Instrumental ou não.

Me recordo de uma conversa que tive com Beto no bar Boteco, onde o músico falava de composições, festivais, baterias e bons músicos com quem trabalhara ao longo de sua carreira. Havia uma paixão ardorosa, em alguns momentos passava-se por momentos de delírios, onde sua esposa atestava seu amor a música e vida.

Vá com Deus Batera! E junte-se a banda celeste de grandes músicos brasileiros que alegram os dias no céu. Aqui seu papel foi cumprido já que você mostrou a jovens músicos o prazer da boa música. Vá com Deus Batera!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Duplo Teste - Black Bug No Feedback e Planet Waves NS Dual Action Capo


Algumas coisas são realmente surpreendentes por serem simples. Tampas anti-microfonia e capotraste tem isso em comum. O primeiro é tão simples quanto o enxerto de espuma que se fazia há anos passados, só que mais práticos. O segundo é tão simples quanto ter vários violões em várias afinações diferentes. Para o número de afinações que toquei durante o teste sete violões com cordas diferentes seriam necessários, isso sem mencionar que em nenhum deles eu teria afinações tão altas, como a conseguida com o Capotraste na sétima casa. Vamos aos fatos.

O No Feedback da Black Bug, é um tampão antimicrofonia feito de borracha injetada. O avaliado neste teste é para violões folk, com a marca impressa no lado que ficará exposto fora do violão. A aplicação e o uso é tão simples quanto o seu conceito. Mesmo com as cordas já afinadas apenas coloque no lugar e aperte um pouco para encaixá-lo e pronto. Isso é suficiente para diminuir o som projetado pelo violão permitindo ao músico estudar em casa sem incomodar os parentes ou tocar em uma grande casa de shows sem ter um festival de apitos que impeçam sua performance. Simples, prático extremamente eficiente. Todos deviam ter um no bag.

O outro produto testado é um Capotraste da Planet Waves, o NS Dual-Action Capo, é incrível. Não bastando apenas ser um capotraste confiável, dá a opção de regulagem da ação da mola ao usuário. Permitindo assim que mesmo que o usuário use cordas .008 em sua guitarra, a ação seja apenas a necessária para manter as cordas no traste sem que haja a elevação da tonalidade. Isso é ótimo, já que alguns guitarristas que usavam cordas leves tocavam desafinados ou tinham que reafinar sempre iam usar a ferramenta. Preciso, robusto como uma barra de aço e confiável, pode ser considerado o parceiro ideal se você que mudar de afinações sem ter que comprar vários instrumentos.

Bons e relativamente baratos são boas opções pra se divertir e ótimas ferramentas pra quem é profissional da música!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Teste de Equipamento .Encordoamento D'addario EJ26 Custom Light 11-52 Phosfor Bronze


No mundo dos instrumentos nada revolucionários foi lançado nos últimos anos, além dos instrumentos de modelação, como as guitarras, violões e amplificadores da Line 6. E o que essas ferramentas têm de tão revolucionário? Emulam coisas lançadas a muitos anos e que são consideradas clássicos e referências sonoras para todos. Mas no mundo dos acessórios e encordoamentos, nada é tão relevante, nem o revestimento antiferrugem abalou a credibilidade de alguns encordoamentos. Sabendo disso a D’addario, mantém em seu catalogo clássicos que durante muitos anos fizeram e continua fazendo os sons que amamos e ouvimos durante décadas.

O EJ26 Custom Light 11-52 é um bom exemplo disso. Feito de bronze fosforoso o encordoamento evoca sons de folk bem balanceados com graves profundos, médios acentuados e agudos cintilantes, ao melhor estilo James Taylor. Instaladas em um violão Condor DC 73. A tensão das cordas .011 (minha preferida) é, ao meu ponto de vista, mais macia do que os tenho usado comumente (feitos de bronze 85/15). Quanto ao timbre do encordoamento tenho apenas uma ressalva, os agudos podiam ser menos presente, dando uma característica mais macia aos sons produzidos quando atacadas com palheta. Para tocar com os dedos até mesmo timbres de jazz e MPB são super agradáveis.

Mas é para rock e blues que essas cordas foram feitas. Com um ataque forte com os dedos os timbres foram bem agressivos e com bastante punch. Com a palheta, uma profusão de graves vem a tona, graves e profundos, tanto quanto os melhores violões para MPB são capazes de produzir. Mas para o meu gosto é com a palheta que o único defeito deste encordoamento vem a tona. Os agudos são demasiadamente brilhantes. Com outros instrumentos acompanhando tive a nítida impressão que só podia ouvir as cordas graves e que as agudas eram ofuscadas pelas outras frequências.

Levando em consideração as qualidades desse encordoamento, músicos que tem um instrumento mais macio de se tocar, devem ter esse instrumento encordoado com o EJ26 Custom Light, e com outro jogo de sua preferência para o ataque com palheta, mas se seus ouvidos mostrarem que esse é seu som, faça destas cordas o padrão em seus instrumentos. Você com certeza não irá se arrepender.

segunda-feira, 29 de março de 2010

"Você não vale nada mas eu gosto de você" agora escuta!!!

imagem: site globo.com


Ontem o Domingão do Faustão, programa da rede Globo de Televisão, fez a entrega do premio melhores do ano, uma premiação onde os funcionários das organizações Globo são eleitos os melhores nas suas categorias. Nessa premiação há, pelo menos as que eu assisti, quatro categorias destinadas a música.

Pra começar estavam disputando na mesma categoria de melhor cantor, o Pe. Fábio de Melo e o cantor popular Seu Jorge. Não que o trabalho do padre não seja honesto nem mal produzido, muito pelo contrário é um trabalho com uma qualidade altíssima, mas, ao meu ver, não há com que se comparar a qualidade do padre a do Seu Jorge. O padre cheio de limitações vocais, faz um trabalho, volto a repetir bom trabalho, mais pastoral. Onde sua preocupação é atingir, e se for o caso, converter o máximo de fieis possíveis com suas belas músicas, de composições complexas e de muito bom gosto, de autoria do próprio padre. Já o Seu Jorge, é um compositor de qualidade comparável a do padre, porém é mais cantor. Com técnica vocal suficiente para fazer seu vozeirão se suave e ser trovejante. Assim foi feita a primeira injustiça com a música nacional.

A Segunda foi a escolha do melhor grupo, banda ou dupla!?!?!? Afinal de contas, que tipo de premio é esse? Não há critério justo para comparar o trabalho de um grupo de pagode, uma banda de pop-rock e uma dupla sertaneja elegendo o melhor trabalho, cada um tem suas individualidades e características completamente diferentes.

A terceira, não necessariamente nessa mesma ordem, e última que eu pretendo comentar, elegeu a melhor música de 2010. Entre as concorrentes estavam Shimbalaiê” de Maria Gadú, “Borboletas” da dupla Victor e Leo e a vencedora “Você não vale nada” um forró brega da banda Calcinha Preta. Isentando a preferência deste que escreve, a vencedora é uma música que em nada acrescenta a cultura popular, pelo contrário, uma letra fútil que retrata a vida e o vai e vem de um casal infiel. Não bastando isso, o apresentador Fausto Silva enfatiza que o “sucesso” é o resultado do trabalho de qualidade da banda refletindo a escolha do público.

Pois bem, como jornalista a análise que faço é a seguinte: a máquina da industria cultural dá ao povo o que o povo quer. Isso que dizer, caro leitor, que a industria empurra de goela a baixo o acúmulo de inutilidade para evitar que o povo pense. Na Roma antiga essa era a política do Pão e Circo, onde o império romano dava entretenimento e comida a um povo explorado, para evitar que o povo se rebelasse.

Por que os grandes artistas de verdade não tocam mais na rádio? Desde a década de 80 os artistas que fizeram o povo pensar e se rebelar contra a ditadura militar, que assolou esse país por 20 anos, foram sendo limados do cenário cultural. Para cada artista limado, cinco ou seis produtos de uma cultura inútil, foram tornando a cena musical do país em uma subcultura de um produto ruim. São milhares de bandas com o mesmo formato produzindo um super hit por semana para grudar na sua cabeça até a “grande banda” cair no esquecimento popular. São os cinco minutos de fama, e só!

Os verdadeiros artistas, ficam no esquecimento e fazendo um produto considerado de alto teor intelectual, o que limita e muito sua veiculação, tornando-o não comercial. E o povo, que infelizmente não tem nada a ver com isso, escolhe apenas o que já conhece, pois desde que o mundo é mundo, o desconhecido é coisa do mal, como foi com os adoradores de outros deuses, da terra, das águas, dos astros, das ciências, do ocultismo e tantos outros. E a industria só repete incessantemente: “Você não vale nada mas eu gosto de você!”

A minha esperança é que com a democratização dos meios de comunicação, promovida pela internet, artistas que produzem seus trabalhos tenham onde mostrar sua produção, para que sua música seja conhecida de muitos e deixe de ser coisa de intelectual. Afinal de contas, onde já se viu coisa que diverte ser considerada coisa de intelectual? Acorda Brasil.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Teste de Equipamento - Afinador Tagima Micro Clip Tuner - WCT

Todos sabem o quanto pode ser difícil afinar um violão ou qualquer outro instrumento, com rapidez e precisão durante uma apresentação. São vários fatores que podem atrapalhar, barulhos, vibrações de outros instrumentos a falta de luz ambiente, e a dificuldade de enxergar um afinador. É bem verdade que os violões elétricos mais novos já vem com afinador, porém, nos mais baratos os afinadores não tem o recurso de iluminação própria, o que pode prejudicar e muito a afinação do seu instrumento em condições reais de músicos da noite. Como solução para esse problema é possível encontrar no mercado várias opções de afinadores com luz própria, mas sem dúvida o mais prático é o de contato, pois possibilita ao músico usar o mesmo afinador, nos mais diversos tipos de instrumentos.

Pensando nisso a Tagima tem disponibiliza no mercado, assim como outras marcas nacionais vários tipos de afinadores e assessórios para os mais diversos instrumentos, como o pequeno Micro Clip Tuner o WCT. Com aproximadamente 30 gramas é o afinador perfeito para aquele violão velho que é uma herança de família. Mas seus recursos são perfeitos para que seja levado as apresentações.

Pequeno no tamanho o WCT é extremamente versátil. Há dois modos de operação para atura na frente ou atrás da paleta do violão, o visor é iluminado por uma bela luz azul, e um led vermelho que fica verde para indicar que a nota esta correta.

A afinação é precisa e não importa se você esta no claro ou no escuro. Você sempre terá certeza de chegar a nota certa.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Como Limpar um violão!



Todo mundo que toca violão já deve ter tocado no violão de algum amigo e teve sérias dúvidas quanto aos hábitos de higiene do amigo. Isso acontece por conta do nosso suor, nossas mãos tendem a suar em demasia quando tocamos e nossos braços também. Essa reação orgânica faz com que o nosso amado violão velho de guerra fique com o aspecto meio, digamos, sujo, mas poucos cuidados fazem verdadeiros milagres pela higiene do nosso parceiro.

Pra começar a gente deve tirar as cordas do violão, e passar um pano seco para tirar o excesso da poeira que se avoluma em lugares de difícil acesso, como na paleta, próxima ao nut e corpo abaixo das cordas. Após isso faremos uma limpeza mais profunda onde deveremos tirar o excesso de gordura que fica acumulado no corpo, na região onde o braço repousa, e na escala, onde a sujeira se acumula com mais facilidade. Para podemos usar produtos específicos para esse fim, que são vendido nas melhores lojas da sua cidade, mas, faremos tudo a moda antiga, afinal de contas, como seu avô e os amigos dele faziam para limpar os instrumentos naquela época? É bem simples! E vamos começar. Na época dos nossos vovôs, os instrumentos eram limpos com produtos que nossas vovós usavam pra limpar os moveis. São eles, um produtos pra lustrar moveis encerados, até um tipo de cera, um óleo pra dar uma hidratada, e alguma coisa pra polir os trastes.

Pra começar, cuidaremos da escala. Com um pedaço de palha de aço, passaremos cuidadosamente por sobre os trastes, isso tirará deles o encardido e a possível ferrugem acumulada por conta do nosso suor, com mais cuidado ainda deveremos passar essa palha de aço na escala até tirar por completo aquela massinha que fica grudada na escala após alguns meses de uso. Cuidado no uso da palha de aço pois solta pequena limalhas do aço que podem prejudicar sua visão e lhe causar um mal respiratório se inalado. Após a limpeza da escala deveremos hidratá-la um pouco. Com muito cuidado usaremos um pedaço de algodão e o óleo (existem vários óleos nas prateleiras dos supermercados, mas dê preferência aos óleos vegetais) aplicaremos uma ou duas gotas de óleo no chumaço de algodão e espalharemos isso por toda a escala, retirando o excesso com um pano seco. Chamo atenção para a quantidade de óleo a ser aplicada, são apenas uma ou duas gotas, mais que isso deixará a escala melecada e com cheiro desagradável de móvel velho.

Com a escala do violão pronta agora vamos ao corpo. Hoje encontramos no supermercado umas ceras líquidas que aplicaremos com um pano macio. Espalharemos por toda a parte envernizada do instrumento. Após essa aplicação deveremos passar um pano, também macio, mas dessa vez seco, para polir. A superfície ficará lisa e brilhante e toda a gordura depositada será removida, além do mais esses produtos tem um cheirinho bastante agradável, deixando o nosso parceiro com aquela sensação de limpo, como se tivesse acabado de tomar um banho. Após esse trato coloque cordas novas, isso ajudará a manter seu instrumento limpo e fará uma higiene sonora nos seus ouvidos! A mesma técnica de limpeza pode ser usada em outros instrumentos como guitarras, baixos, violas e etc...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Como comprar um violão?


Esse mês fui surpreendido por amigos músicos que já tem uma boa experiência e bons ouvidos com muitas dúvidas na hora de escolher um bom violão. E pra surpresa geral essas dúvidas são mais frequentes do que se imagina. Mas na hora de decidir, pra facilitar e exaurir essas dúvidas, existem sempre uma série de perguntas a ser respondidas. Que tipo de violão eu preciso ou quero? Que tipo de som eu quero conseguir? Quem são os meus artistas preferidos? Quanto estou disposto a gastar? Por mais tolo que pareça, responder essas perguntas reduzem consideravelmente as opções disponíveis na hora de decidir qual o melhor instrumento na hora de comprar.

Que tipo de violão eu preciso ou quero? Essa perguntar refere-se ao tipo do corpo do instrumento. Clássico, flat, sólido, folk, jumbo, auditorium e tantos outros quanto estiverem disponíveis. Cada um deles corresponde a uma sonoridade diferente. Do jumbo, que como o nome diz se refere aos violões de corpos grandes e arredondados, com sons grandes, bem encorpados, com bastante graves e bons agudos, passando pelos modelos folk, que são aqueles também grandes, mas com formatos mais quadrados, auditórium, que são aqueles que tem o formato mais tradicional, os clássicos que são os tradicionais , os Flat, que aparecem em qualquer modelo de violão, mas geralmente com corpo fino e o sólido que tem o som próximo a o de uma guitarra quando desplugado, mas que quando plugado comportasse como um violão comum.

Que tipo de som eu quero conseguir? Essa pergunta por si só já é bem específica mas pode nos levar a outra pergunta: Quem os meus artistas preferidos? Essas perguntas refere-se também ao tipo de encordoamento que será usado. Aço ou Nylon? Esse pergunta será respondida com o tipo de som que você vai tocar. Escute e veja shows e DVDs dos artistas que você gosta, isso é uma referência para o tipo de cordas que vai usar. Lembro ainda que nada impede que você toque samba com um violão cordas de aço ou um rock and roll com um violão cordas de nylon.

Quanto estou disposto a gastar? Essa talvez seja a mais determinante de todas as perguntas. Essa vai deixar bem claro quais são os violões que estão na sua faixa de aquisição e quais são os instrumentos que pode vir a ser seu. Vale lembrar o que aprendemos nas aulas de Geografia do ginásio, onde os mestres espalhados por todo Brasil apontam a China como a fábrica do mundo e é bem provável que o violão que você quer seja fabricado lá, inclusive se a fábrica for nacional, pra elas é melhor e mais lucrativo comprar instrumentos feitos em grandes linhas de produção chinesas do que produzir em suas fábricas. Assim pesquise muito, veja vários violões na mesma faixa de preço e assim que achar um que se encaixe no seu orçamento e no timbre que tanto procurou, teste outros da mesma marca e modelo. Modelos idênticos as vezes são bem diferentes, lembre-se que as madeiras são responsáveis pela sonoridades dos violões e que as vezes uns pedaços podem soar diferente dos outros.

E se for elétrico? Essa é uma pergunta que depende da aplicação que o músico vai dar ao instrumento. Pra tocar na noite fica quase impossível não ter um violão elétrico, a não ser que você seja João Gilberto. A maior parcela dos instrumentos do mercado já vem com afinador embutido no circuito de equalização. Mas mesmo assim, teste! Peça ao vendedor que plugue o violão em um amplificador acústico, ou em um sistema de P.A.. Ainda assim vale lembra que há alguns sistemas de amplificação que não tem afinador mas tem uma sonoridade superior e mais equilibrada que a maioria.

No mais, o mais importante mesmo é seguir o seu maior mestre. O seu ouvido, ele é quem lhe diz se é agradável ou não. Para encontrar uma referência de timbre que seja boa teste um violão mais caro do que o que você procura, violões mais caros tem uma sonoridade mais madura, e podem servir como referencial. No mais após escolher e fechar o negócio é só se divertir com o novo brinquedo!

terça-feira, 2 de março de 2010

Teste de Equipamento - Violão Yamaha NTX-700 Nylon



Músicos de Jazz e ritmos brasileiros como MPB e Samba já sabem o que os Músicos de Rock e World Music estão descobrindo a pouco tempo. Ter um violão cordas de nylon em seu Setup pode fazer milagres por seus timbres na hora de uma apresentação ou de uma gravação. Slash e Santana por exemplo fazem uso dessa ferramenta fantástica a alguns anos gerando timbres específicos para partes mais macias.

A Yamaha ja sabe disso a um bom tempo e pensando em músicos mais modernos, lançou no ano passado uma linha de violões que tem tudo pra agradar artistas mais agressivos acostumados aos braços finos de guitarras e violões aço. O NTX é um desses violões que tem uma pegada de braço mais fina, mesmo sendo um violão de escala plana, com braço feito em Nato e escala de Rosewood com acabamento encerado, é confortável, tanto que mesmo acostumado com um violão clássico não achei a menor dificuldade em tocar com esse instrumento. Quanto ao corpo, é fácil entender que esse violão será uma sucesso de aceitação e de vendas, já que o formato do corpo é o mesmo do já consagrado APX, com certeza o modelo mais popular da Yamaha. Com tampo em Spruce sólido, e lados e fundo em Nato, os sons acústicos são maduros, graves encorpados e agudos macios. Para mim a sonoridade do violão surpreende em relação ao tamanho do corpo. Não achei que conseguiria o volume acústico que consegui. É satisfatório para apesentações em lugares pequenos. 

O violão veio equipado com o Preamp System61 2way A.R.T. desenvolvido pela própria Yamaha dispõe de um controle de volume master,  potenciometros de graves, médios e agudos e a sessão de pickup mix, que nada mais é do que controles para misturar em qualquer proporção os sensores do corpo divididos em graves e agudos. Todos os músicos que já usaram um violão nylon elétrico sabem quão difícil é timbrar um desses instrumentos graças as falhas dos captadores piezo, mas com o sistema de captação desse violão, feito com sensores de corpo, obter timbres diferentes é fácil. Não há dificuldade nenhuma em obter sons encorpados e definidos, seja usando um cubo acústico ou um grande P.A. para shows. Os sons que consegui foram autenticos. Isso tornou o violão uma ótima ferramenta para qualquer músico.

Além disso, acompanha o instrumento a chave de ajuste do tensor do braço, o tampão antimicrofonia e o manual. Só senti falta de um manual em português, mas é tão fácil e intuitivo usar esse violão que isso pode ser ignorado. No mais parabéns a Yamaha por fazer esse violão e aos músicos que decidirem por compra-lo. Um abraço a todos e muita música!

Teste de Equipemento - Encordoamento Nig 0,011 para violão aço


Comprar um encordoamento para violão é uma ciência inexata. Afinal de contas o que agrada a uns pode não agradar a outros. Existem timbres, materiais e calíbres dos mais diversos pra agradar a qualquer tipo de músico, desde os mais exigentes aos mais inusitados. Em busca do que me agrada as vezes testo uma marca diferente do que uso costumeiramente, na tentativa de encontrar o timbre dos sonhos, para mim algo macio com agusdos forte e capaz de me levar ao nirvana.

Assim fui em busca de cordas pro meu violão e ja conhecendo o encordoamento Nig que usei em minha guitarra resolvi comprar um encordoamento para meu violão aço. Minha preferência é pelo encordoamento 012, mas é difícil encontrar em Maceió, os músicos daqui preferem os calibres mais leves, o que ao meu ver prejudica o timbre, mas acabei me deparando com o encordoamento NIG 011 com cordas prateadas. Ao retirar da embalagem fiquei com um certo receio por conta da cor, uma bobagem sem tamanho a cor poderia ser qualquer outra sem que o timbre fosse prejudicado.

Para testar as cordas recrutei meu violão Condor CD-73CE. ao instalar o violão o primeiro sinal de qualidade afinei e a afinação foi mantida cedendo devagar. Uma noite após a instalação a afinação caiu cerca de um ton inteiro mas após isso afinei o violão e as cordas mativeram a afinação (E Padrão). O timbre do encordoamento é equilibrado, os graves e médios são encorpados mas com punch. Os agudos são cheios e presentes, algumas pessoas podem até achar que são exessivos, mas isso é uma característica de alguns encordoamentos assim que instalados, com um pouco de tempo o timbre se acomoda e torna-se agradabilissimo. O revestiemnto prateado é um pouco frágil e começou a enferrujar algumas horas após a instalação perdendo o brilho, nada que afetasse o timbre, mas poderia manter a aparência pelo menos por uma semana, como acontece com as melhores marcas.

No mais é confortável aos dedos, aos bolsos e aos ouvidos. Os sons dos dedos raspando não é algo que chega a ser chato, é até discreto. Por isso meus amigos, tenham curiosidade! Tentem o novo, ouçam o inusitado, e se desarmem pra testar coisas novas, isso pode surpreender você e seus sentidos!!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Teste de Equipemento - Encordoamento Nylon Clássico - tensão Leve

Semanas atrás como já retratado em um post neste blog, comprei um encordoamento com defeito da marca Giannini, como estava com um defeito, e eu não sabia se causado na fabricação do mesmo ou se o problema era pela idade do encordoamento (ver post http://maiaerik.blogspot.com/2010/02/seriedade-de-empresa-genuinamente.html) comuniquei a empresa que me enviou um novo encordoamento. As cordas chegaram e passado o tempo das folias de momo ta aqui o teste.

O encordoamento Giannini Clássico tensão leve, fabricado em Janeiro de 2010, como dito no post anterior foi instalado em um violão Condor clássico modelo C-30. E em menos de 24 horas após a instalação os bordões se mostraram equilibrados com graves cheios e brilhantes, com bastante punch. Para quem toca musica popular esse encordoamento vai satisfazer pela sonoridade e pegada macia, as vezes tinha que olhar para sentir as cordas nos dedos de tão leve que é o encordoamento. As primas deram um pouco mais de trabalho, como é esperado em todos os encordoamentos de nylon. Mas quando cederam e seguraram a afinação foi só alegria. Os som era macio e aveludado como se espera de boas cordas primas de nylon, gerando bons timbres para MPB, samba, bossa nova e por que não o Jazz.

Talvez músicos que como eu tenham uma pegada mais pesada precisem um encordoamento com uma tensão mais alta, mas para isso a Giannini oferece opções que vão desde a tensão leve até a tensão Super Extra Pesada, passando pela Média, Pesada e Extra Pesada. E com certeza uma dessas irá satisfazer o músico mais exigente por bons timbres e os que tem a pegada mais forte.

Quanto a durabilidade, já mantive em meu violão um desses encordoamentos por uns 4 meses, lembrando que o encordoamento usado era compatível com minha pegada forte e que com cuidado na higienização das cordas essa vida útil pode ser ainda maior, mas que o grande referencial para a permanência das cordas em seus instrumentos é seu ouvido. Então quando achar que o som não está mais legal, é a hora certa de trocar. E esse encordoamento com certeza será uma boa pedida para os violões brasileiros.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Alagoas tem a música mais tocada do verão de 2010....

          É isso mesmo. A música mais tocada nesse verão e consagrada nesse carnaval foi o Vale Nigth, do grupo Cannibal, aqui mesmo de Alagoas.

          A música, gravada pelo gigantesco grupo baiano de axé, Asa de Águia, fez tanto sucesso entre os foliões da Bahia que onde se passou, pelo menos no nordeste, estava entre as mais tocadas. O sucesso foi tanto que outros grandes artistas baianos, como Ivete Sangalo e Cláudia Leite, também cantaram a composição de Tonynho e seus colegas.

          Não feliz com o sucesso da música, os foliões fizeram do termo, um misto de português e inglês que dá título a música uma gíria bastante usada. Foi tudo de forma tão intensa que o Jornal Nacional fez uma matéria para mostrar o sucesso da música e da gíria. E não bastante já circula na internet um e-mail com o certificado intitulado de Vale Nigth, como um "alvará de soltura" como anexo.

          Pena que as rádio alagoanas identificaram a música como pouco comercial para o veículo e só a tocaram quando Durvalino colocou sua voz.

          Parabéns aos meninos do Cannibal, e viva ao sucesso de uma música genuinamente alagoana. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Teste de Equipamento - Violão Condor C-30

Com a invsão dos equipamentos asiáticos no mercado nacional ficou difícil escolher um violão de preço convidativo para compor, gravar em home studios ou simplesmente tocar em casa com o amigos. as opções são quase que infindáveis, de marcas renomadas e marcas nem tão conhecidas assim. Sendo o Brasil um país com tradição e boa reputação na fabricação de violões nylon, é ainda mais difícil decidir qual violão comprar. A Condor, uma jovem empresa nacional que incorporou uma tendência mundial, projeta em casa e fez da Ásia o seu parque industrial.

Nos seus modelos iniciais encontramos boas opções abaixo de R$ 350,00, como o Condor C-30 um instrumento de preço acessível com uma boa configuração de madeira conferindo a ele um som forte e equilibrado. Com corpo em Mogno laminado e tampo em Spruce Plywood também laminado, braço feito com mogno com escala em Rosewood, e tarrachas de fabricação própria, o violão é bastante confiável. Ao meu ver apenas o nut e o rastilho devem ser trocado. São confeccionados em plático quando deveriam ser de osso, o que garantiria ao instrumento um som mais orgânico e menos anasalado.

Equipado com um encordoamento Giannini Clássico de tensão leve, os sons produzidos pelo violão foram bastante agradáveis, apropriados para Musica Popular Brasileira, com graves cheios, médios discretos e agudos doces e macios. O som me pareceu um pouco nasal como já dito, mas um investimento de pouco mais de R$ 10,00 em um luthier seria o suficiente para melhorar ainda mais o som desse violão clássico. É bem verdade que com cordas tensão média ou pesada os sons produzidos fiquem ainda mais acentuados colocando o violão em uma situação confortável para por exemplo fazer uma gravação, mas isso depende do instrumentista, da sua pegada, e do seu gosto.

A grande verdade é que o C-30 é um instrumento justo, com ótima relação custo benefício e que pode ser usado sem medo algum em experimentações pelo seu dono. A Condor provou que a fórmula esta dando certo e que essa promessa ainda vai longe, e eu fico imaginando quando essa fábrica levar essa fórmula até o campo dos violões assinatura, como já fazem a Giannini e a Tagima. Lembrando que a Guitarra feita em parceria entre a Condor e Nelson Farias é uma boa referência do que podemos esperar.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Seriedade de empresa genuinamente Nacional.

Há pouco mais de duas semanas um primo me pediu que fosse com ele comprar um encordoamento para violão nylon. Ao chegar no centro de Maceió, na Rua Barão de Atalaia, onde se concentam várias lojas de instrumentos da capital (como a famosa Teodoro Sampaio no bairro de Pinheiros em São Paulo), encontramos o encordoamento que estavámos procurando; Giannini Clássico - tensão leve.

Ao chegar em casa dei um trato no violão, uma limpeza que será explicada passo a passo em uma outra postagem no futuro, e comecei a instalação do encordoamento como sempre faço, da 6ª para a 1ª corda. A sexta corda estava perfeita, a quinta também, mas a 4ª corda estava com um problema. A parte de Bronze prateada que reveste o microfilamento de naylon, estava com falha no espiral em vários lugares. Um exame mais detalhado do encordoamento revelou que o mesmo havia sido fabricado em 2008, portanto um jogo velho que pode ter sofrido oxidação no estoque da loja.

Assim eu resolvi entrar em contato com a Giannini e comunicar a falha. De imediato, para minha surpresa, recebi uma resposta de Mônica de Carvalho Lucena, do Depatarmento de Marketing, infomando que eu devia enviar a embalagem do encordoamento, com a cópia do e-mail que acabara de me mandar, pelo correio para que assim me enviasse um novo encordoamento. Assim feito, em menos de uma semana recebi em casa o mesmo encordoamento, desta vez fabricado em 26 de Janeiro de 2010, onde ainda identificava o problema, uma falha no controle de qualidade na hora de montar o encordoamento. A corda com defeito deveria ser descartada.

O encordoamento foi instalado ainda hoje pela manhã, e não apresentou nenhum problema de estrutura. Em breve publicarei o resuldato desse teste e mais uma vez deixo claro minha admiração pelas empresas que respeitam seus clientes.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Músicos alagoanos são o show no Baile Municipal

por Sóstenes Lima, presidente da Cooperativa dos Músicos de Alagoas



Ontem à noite (04/02/2010), durante o baile municipal de carnaval, tivemos mais uma prova daquilo que já sabemos sobejamente: os músicos alagoanos são de um valor e qualidade que em nada deixam a desejar em relação a qualquer orquestra de frevo ou de samba do país.

Um dos exemplos, e houve mais de um na noite, foi a orquestra capitaneada pelo nosso querido maestro Almir Medeiros que deu show em competência, animação e profissionalismo. Não precisamos de atrações interestaduais para garantir a qualidade das nossas festas, a menos que seja para ampliar a variedade e o conhecimento de novas leituras. Tirando isso, a alegria estará sempre garantida pelos nossos músicos, motivo de nosso orgulho.

Registro também a generosidade do nosso cooperado Lima Neto, um dos vocalistas da orquestra, que fez uma saudação pública à Comusa, Coo perativa da Música Alagoana, que é só mais um canal para o fortalecimento dessa mesma música que muito nos orgulha.

Parabéns Almir e seus músicos, parabéns afinadíssimo Lima Neto e parabéns Prefeito, que quando acertar, como fez ontem na escolha das atrações musicais, será merecedor de elogios. Quando não, estaremos atentos para criticar na busca de maiores espaços para quem vive o universo da música aqui.

Nem só de fantasia vive nosso carnaval.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cooperativa dos Músicos, uma alternativa cultural.

A participação de músicos na maior feira de artesanato de Alagoas, a Artnor, provou não só a riqueza cultural do estado mas também a certeza de que o cooperativismo é um saída rentável a setores desconhecidos do grande público e ignorados pelas grandes mídias. Músicos de vários estilos e com as mais variadas influências fizeram suas apresentações na feira de artesanato, agradando ao variado público presente e atestando o sucesso da recém fundada Cooperativa dos Músicos de Alagoas, a COMUSA, que selecionou os artistas.

Esse sucesso todo só foi possível pela importância de parcerias com a SECULT e o SEBRAE para a participação na feira, e com o SESCOOP na organização da cooperativa. Além de parcerias com instituições que acreditam no cooperativismo como um novo paradigma comercial e uma forma de organização muito vantajosa para os seus membros. Fazendo com que a classe produtiva da música seja incluída de forma rentável e produtiva na cadeia de trabalho.

Para Sóstenes Lima, músico e presidente da COMUSA, “este é o primeiro passo para difundir o trabalho autoral dos artistas alagoanos”. Para ele essa é a hora dos músicos do estado se unirem em prol de uma causa que faça o cenário da música alagoana ser observado não só pelos conterrâneos, mas também pelo país, a exemplo de outros estados que conseguiram tornar vários artistas conhecidos do grande público.

“O nascimento da cooperativa, a nova gestão da Ordem dos Músicos do Brasil/AL e a gravação de composições de artistas da terra por grande personalidades do cenário nacional, mostram que Alagoas é um estado com potencial para crescer e alavancar artistas que estejam engajados e que lutam pelo crescimento cultural do estado, além do que, mostra o ressurgimento da cena musical de forma concreta e sólida”, afirma Oscar Garcia Agreda, produtor cultural referindo-se ao Asa de Águia e a Ney Matogrosso que lançaram recentemente músicas do grupo Cannibal e de Júnior Almeida (artista solo) respectivamente.

Ainda assim, há muito trabalho a se fazer. Muitas bandas ainda não são cooperadas e ainda há poucas cooperativas no Brasil, mas para Luis Felipe Gama, presidente da Cooperativa dos Músicos de São Paulo, Alagoas está no caminho certo. “A COMUSA tem um grande potencial, pois Alagoas sempre foi referência de qualidade artística, assim como os artistas Alagoanos que são conhecidos pelo Brasil a fora, a exemplo de Djavan, Fernando Melo do Duofel, e Fernando Nunes (artista solo)”.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Teste de Equipamento - Violão Tagima Juninho Afram Signature Series


          Recentemente um amigo me pediu para acompanha-lo a uma loja de equipamentos musicais da nossa cidade, onde ele iria comprar um bom violão por um preço justo. Ele queria um violão com cordas de aço em formato dreadnougth, conhecido no Brasil como Folk, na faixa de R$ 1.500,00. Isso era o suficiente para cair em campo em busca do instrumento perfeito. Foi quando nos deparamos com a linha assinatura da Tagima. Violões que caso fossem do catalogo de empresas importadas (Americanas por exemplo), custariam, pelo menos, 3 vezes mais.

          Na loja encontramos 3 modelos distintos, feito para três grandes guitarristas. O Junhinho Afram, o Kiko Loureiro e o Edu Ardanuy, todos da linha Signature Series. Pela faixa de preços eles ainda são mais baratos que a maioria dos concorrentes, uma economia de quase R$ 200,00, sem levar em consideração que os violões são acompanhados por um case super elegante, reverstido por corvin, com uma alça super confortável, e no interior uma bonita pelúcia roxa, ao melhor estilo Gibson. Após o teste de violões de várias marcas, ficou decidido que o sonho era o violão Tagima Juninho Afram Signature Series.

Construção

          Com tampo confeccionado em Spruce sólido em duas partes, faixa e fundo em Zebra Wood,  braço em Cedro com formato em "C" e escala e cavalete feito de Rosewood, a Tagima mostrou que os Luthiers tem acertado na escolha dos materias. Gerando um som acústico equilibrado, com punch e brilho na medida certa, agradando a músicos dos mais diversos estilos e pegadas. As tarrachas, de fabricação própria, seguram bem a afinação. O violão veio ajustado com uma ação média alta, mas não era possível alterar a altura das cordas pois a construção do cavalete estava um pouco alta, sendo necessário um ajuste de set-up, feito por um luthier de confiança. Após o ajuste a ação ficou super confortável, deixando-o perfeito. O tensor do braço estava funcionando a contento e mateve o braço bem reto.

         Equipado com um pré-amplificador embutido Fishman Aero Blend, que conta com um captador piezo, instalado sob o rastilho e um microfone no próprio pré, torna este violão uma grande surpresa, que o mantém infinitamente superior aos seus concorrentes, apesar de ser mais barato, uma ótima opção para o consumidor. Seus concorrentes na mesma faixa de preços, mesmo equipados também com Fishmam, não contam com o microfone. Ligado a surpresa é ainda maior! Os timbres que conseguimos, vão desde um som de piezo a um timbre macio de violão microfonado, e a possibilidade de conseguir timbres diferentes apenas msiturando as formas de captação tornam este instrumento uma ótima opção para músicos da noite, é apenas um violão com vários sons.

          Sem dúvidas, este violão pode ser usado em palcos enormes, pelos melhores músicos e produzir os melhores timbres, a um custo razoável, e de igual para igual com as marcas mais famosas e caras.

          Música acessível para todos! Viva a MPB (Música Para Baixar)!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Teste de Encordoamento - Groovin SST 200 - 0.12 á 0.53 - Light


A pouco mais de um mês fui na loja de minha cidade em busca de um encordoamento para violão aço. Em minha cabeça fui atrás das cordas que já uso a bastante tempo, mas como estavam em falta o vendedor, um amigo que também é musico, me recomendou as cordas Groovin SST 200. Não vou mentir, fiquei com um certo receio de que estas cordas não prestassem pelo seu preço, R$ 10,00! Isso mesmo apenas 10 miseros Reais. Mas como músico tenho que deixar os sentidos falarem mais alto e resolvi testa-las no violão que uso em festas com os amigos, e em oprotunidades caseiras por hobby, um Shelter MD-78CE7N.

Ao colocar as cordas no violão uma ótima surpresa para meus ouvidos, o som era equilibrado em todas as frequências, com definição nos agudos, médios e graves, e o que é melhor, sem o brilho excessivo característico de cordas novas. Era como se as cordas já estivessem amaciadas. O ataque mais forte com palheta (uso palhetas porosa de 1.14mm ou de 0.70mm) gerou um pouco de compressão embolando as frequencias mais graves, mas o ataque moderado gerou um som aveludado, bom para MPB e Jazz. Ao dedilhar é que este encordoamento apresenta todo seu potencial de timbre, é definitivamente para o músico que não usa palheta que este encordoamento se destina. Ao toque apresentou-se apenas um pouco mais duras que o encordoamento famoso, de bitola 0.11, que vinha usando, mesmo sendo 0.12.

O som se manteve estável por cerca de 3 semanas, quando os bordões começaram a perder o punch, passando a apresentar um som meio fofo. Como se as cordas estivessem abafadas. Quanto ao estado das cordas, após um mês e 15 dias de uso constante e sem maiores cuidados com a limpeza das cordas, já que quando muito passava apenas um pano seco após o uso, inclusive nos ensaios do ministério de música do qual eu faço parte, os bordões começaram a descascar e apresentar uma coloração diferente do amarelo ouro das cordas novas, as agudas ainda se mantem como novas, tanto na aparencia como na sonoridade.

Enfim, estas cordas, foram uma grata surpresa para meu ouvidos e principalmente para o meu bolso. Lembrando que músicos caseiros trocam de cordas em média a cada trimestre, e músicos profissionais trocam de cordas a cada quinzena, é uma boa opção para todos os músicos.

Música acessível para todos! Viva a MPB (Música Para Baixar)!