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Jornalista e músico por amor a ambos os ofícios, mantenho esse espaço sem fins lucrativos para divulgar a cena local, seja com a participação de banda locais, seja com a bandas nacionais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tagima Twelve Tuner - melhor que os chineses dos outros!


Que a China é a fábrica do mundo, acho que o mundo todo já sabia! Mas músicos brasileiros ainda são preconceituosos em relação ao que esta sendo feito dentro da grande muralha. Principalmente se esses produtos são ligados a empresas brasileiras, como a Giannini, Condor, Tagima...

Seguindo uma tendência de mercado adotada por todo o mundo, as fábricas brasileiras também terceirizaram sua linha de produção, e após a enxurrada de produtos de qualidade sofrível e de extremo mau gosto, agora chegou a hora dos bons produtos chineses reverterem essa impressão.

Com a adoção da linha Acoustic da Tagima, e com a linha Signature, a Tagima aqueceu o mercado nacional de violões e mostrou que a qualidade sempre associada aos violões brasileiros tinha que ser levada em consideração mesmo em produtos acessíveis. Colocando nossa empresas no mesmo patamar de grandes marcas internacionais, como a Epiphonne, Takamine, Yamaha entre outras.

O Tagima Twelve Tunner, por exemplo, é um violão de 12 cordas de uma empresa nacional com qualidade comparável as melhores marcas do mercado custando a metade do preço. Construído com tampo laminado de Spruce, faixas e fundo laminado em Mogno e braço também em Mogno, conta com cavalete e escala em Rosewood, que nada mais é que Jacarandá indiano, com qualidades sonoras comparáveis ao nosso Jacarandá da Bahia. Isso só já coloca nosso conterrâneo importado ao lado de outros chineses importados, pois a mesma configuração de madeiras é encontrada na maioria dos violões de grandes marcas.

Quanto aos ajustes, o Nut estava bem cortado e bem ajustado, mas como no modelo assinatura Juninho Afram, também da Tagima, minha única ressalva é a altura do cavalete, muito alto, tornando-o duro de tocar. Levei-o a um Luthier de confiança, que identificou ser necessário não só um ajuste no rastilho, mas também um ajuste na altura do cavalete, rebaixando-o em quase 2 mm, pode até parecer pouco, mas quando falamos de violão é o suficiente para evitar lesões e ematomas, causados por cordas de violões, quem já tocou com violão de ação alta além do necessário sabe disso. Após o ajuste o violão ficou macio e foi encordoado com cordas .010, o que o deixou extremamente confortável para um 12 cordas.

As tarraxas, são simples e blindadas, mas seguram bem a afinação, e em um 12 cordas isso é muito importante, já que o tempo que se perde afinando o instrumento é duas vezes maior que em um violão comum, em manter as cordas afinadas é uma necessidade básica. O tensor do braço é outro ponto de destaque, pois mesmo com cordas mais pesadas o braço se manteve reto, mantendo a ação desejada no ajuste.

Equipado com um sistema Tagima TEQ-7, também de origem Chines, o violão foi plugado em uma caixa multiuso, dessas com entradas pra violão, teclado e voz. E produziu um som forte, com graves altos e agudos brilhantes,mesmo estando na posição Flat. Ajustes de equalização, mesmo sendo mínimos, são significativos no resultado do timbre, mostrando o sistema confiável e honesto. Além do controle de volume, conta com as bandas de equalização comum a todos os violões, Graves, Médios, Agudos e Presença, além de um eficiente afinador integrado. Uma pena o afinador não ter um sistema de iluminação para ser usado a noite nos palcos ou em locais escuros.

Plagiando aquela propaganda de televisão, “os nossos chineses são melhores que os chineses dos outros!” e isso fica provado ao comparar. Os instrumentos importados ficam pelo menos pelo dobro do preço do Twelve. E com a grana que sobra dá pra comprar um bom case, um cabo, um tampão antimicrofonia, algumas palhetas, e cordas reservas para deixá-lo pronto para qualquer situação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa ainda bem que fararam bem do Tagima 12 ,pois acabei de comprar um. Fico satisfeiro em ler sua opinião fundamentada. parabéns.

roberto moreira - rio de janeiro