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Jornalista e músico por amor a ambos os ofícios, mantenho esse espaço sem fins lucrativos para divulgar a cena local, seja com a participação de banda locais, seja com a bandas nacionais.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Projeto Afina Alagoas

A música alagoana em destaque
Projeto visa fomentar, debater e incentivar a profissionalização da produção musical local

fonte: assessoria

Debater, promover e incentivar a profissionalização da produção musical alagoana. Essa é a proposta do “Afina Alagoas”, novo projeto do Instituto Zumbi dos Palmares, através do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, em parceria com a Cooperativa da Música de Alagoas e Sebrae.

O pontapé inicial acontece na próxima quinta -feira, 28/10 às 20 horas, com a palestra "Música Ltda - como transformar sua banda em uma microempresa", baseada em livro homônimo do produtor musical Leonardo Salazar. Evento acontece no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, do IZP. Na obra, Salazar revela que geralmente o músico é quem menos ganha dinheiro com a música. Para superar isso, diz, o músico precisa não só ensaiar e tocar, mas “aprender a tocar o negócio”.

A palestra será ministrado pelo próprio autor e desenvolve conhecimentos que permitem entender a cadeia produtiva da música na atualidade, formalizar o empreendimento musical, buscar fontes alternativas de financiamento e elaborar plano de negócios. A palestra tem como objetivo estimular o desenvolvimento do músico alagoano enquanto empreendedor.

Como parte das ações do projeto, em novembro e dezembro acontecerão debates e palestras sobre cenografia, luz, som e roteiro, que são os aspectos envolvidos na construção de um espetáculo musical.

Fechando esta edição inaugural do projeto Afina Alagoas, também será oferecido ao público, através da Rádio Educativa FM, um dia inteiro de programação musical com composições de artistas alagoanos. Além de gravação de especial ao vivo do programa Vida de Artista, diretamente do Linda Mascarenhas, que será exibido em seguida na TV Educativa. As datas serão divulgadas oportunamente.

Palestrante

Leonardo Salazar é jornalista pela UFPE e especialista em Gestão de Negócios (FCAP/UPE). Trabalha com o negócio da música desde dezembro de 2001. Foi assessor de imprensa, assistente de produção, empresário, agente, produtor de artistas, promotor de shows, tour manager no Brasil e em alguns países da Europa, produtor fonográfico e sócio-administrador da própria microempresa de produção cultural.

Salazar já participou de aproximadamente 213 eventos musicais, em 68 casas de show e 35 festivais, passando por 34 cidades de cinco países e dois continentes. Elaborou projetos culturais e captou recursos diretamente com empresas e governos. Ministrou cursos, oficinas e palestras a convite do Ministério da Cultura, da Fundarpe e da Prefeitura de Recife. Também foi professor das disciplinas "Empreendedorismo" e "Elaboração de projetos culturais", do curso de Produção Fonográfica da faculdade AESO, e palestrante da Feira Música Brasil 2009.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tagima Twelve Tuner - melhor que os chineses dos outros!


Que a China é a fábrica do mundo, acho que o mundo todo já sabia! Mas músicos brasileiros ainda são preconceituosos em relação ao que esta sendo feito dentro da grande muralha. Principalmente se esses produtos são ligados a empresas brasileiras, como a Giannini, Condor, Tagima...

Seguindo uma tendência de mercado adotada por todo o mundo, as fábricas brasileiras também terceirizaram sua linha de produção, e após a enxurrada de produtos de qualidade sofrível e de extremo mau gosto, agora chegou a hora dos bons produtos chineses reverterem essa impressão.

Com a adoção da linha Acoustic da Tagima, e com a linha Signature, a Tagima aqueceu o mercado nacional de violões e mostrou que a qualidade sempre associada aos violões brasileiros tinha que ser levada em consideração mesmo em produtos acessíveis. Colocando nossa empresas no mesmo patamar de grandes marcas internacionais, como a Epiphonne, Takamine, Yamaha entre outras.

O Tagima Twelve Tunner, por exemplo, é um violão de 12 cordas de uma empresa nacional com qualidade comparável as melhores marcas do mercado custando a metade do preço. Construído com tampo laminado de Spruce, faixas e fundo laminado em Mogno e braço também em Mogno, conta com cavalete e escala em Rosewood, que nada mais é que Jacarandá indiano, com qualidades sonoras comparáveis ao nosso Jacarandá da Bahia. Isso só já coloca nosso conterrâneo importado ao lado de outros chineses importados, pois a mesma configuração de madeiras é encontrada na maioria dos violões de grandes marcas.

Quanto aos ajustes, o Nut estava bem cortado e bem ajustado, mas como no modelo assinatura Juninho Afram, também da Tagima, minha única ressalva é a altura do cavalete, muito alto, tornando-o duro de tocar. Levei-o a um Luthier de confiança, que identificou ser necessário não só um ajuste no rastilho, mas também um ajuste na altura do cavalete, rebaixando-o em quase 2 mm, pode até parecer pouco, mas quando falamos de violão é o suficiente para evitar lesões e ematomas, causados por cordas de violões, quem já tocou com violão de ação alta além do necessário sabe disso. Após o ajuste o violão ficou macio e foi encordoado com cordas .010, o que o deixou extremamente confortável para um 12 cordas.

As tarraxas, são simples e blindadas, mas seguram bem a afinação, e em um 12 cordas isso é muito importante, já que o tempo que se perde afinando o instrumento é duas vezes maior que em um violão comum, em manter as cordas afinadas é uma necessidade básica. O tensor do braço é outro ponto de destaque, pois mesmo com cordas mais pesadas o braço se manteve reto, mantendo a ação desejada no ajuste.

Equipado com um sistema Tagima TEQ-7, também de origem Chines, o violão foi plugado em uma caixa multiuso, dessas com entradas pra violão, teclado e voz. E produziu um som forte, com graves altos e agudos brilhantes,mesmo estando na posição Flat. Ajustes de equalização, mesmo sendo mínimos, são significativos no resultado do timbre, mostrando o sistema confiável e honesto. Além do controle de volume, conta com as bandas de equalização comum a todos os violões, Graves, Médios, Agudos e Presença, além de um eficiente afinador integrado. Uma pena o afinador não ter um sistema de iluminação para ser usado a noite nos palcos ou em locais escuros.

Plagiando aquela propaganda de televisão, “os nossos chineses são melhores que os chineses dos outros!” e isso fica provado ao comparar. Os instrumentos importados ficam pelo menos pelo dobro do preço do Twelve. E com a grana que sobra dá pra comprar um bom case, um cabo, um tampão antimicrofonia, algumas palhetas, e cordas reservas para deixá-lo pronto para qualquer situação.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

D'addario EXP! uma experiência de durabilidade!

Após alguns meses de afastamento por estar trabalhando para um candidato nas Eleições 2010, estou de volta ao meu ofício no blog. De antemão peço desculpa aos internautas, pois sei que a ausência é algo ruim para um blog, mas foi uma questão de sobrevivência, a final de contas é preciso comer para poder escrever este blog.

Como disse no último post ainda na primeira metade do ano, recebi da D'addario um encordoamento da Linha EXP, que possui um revestimento para combater a corrosão causada pelo suor e pela ação do tempo, no calibre ,010. Como tava no embate da eleição, fiquei sem tempo hábil para fazer o teste, então passei o encordoamento a Gilberto Filho, musico da noite alagoana que toca todas as noites, menos na segunda, e ainda é guitarrista na banda do pai dele.

As cordas foram instaladas no híbrido de violão e guitarra da Crafter com um captador modelo P-90 da Kent Amstrong no braço, e um de rastilho na ponte. Segundo Gilberto a tensão ,010 gerou um desconforto pra ele já que costumeiramente ele usa ,011 no instrumento, mas que o timbre e a qualidade do material é muito boa. O encordoamento que ele usa normalmente é o D'addario XL, e ele o troca a cada 15 dias, com o EXP as cordas permaneceram no violão por quase 3 meses, sem perder o brilho do acabamento e mantendo o timbre estável. Vale lembrar a maneira que gilberto cuida do violão após o uso: ele apenas passa uma flanela seca nas cordas e o guarda do case.

Isso quer dizer que as cordas cumprem até mais do que prometem! aos que sentiram falta de detalhes sobre os timbres... não há diferênça significativa entre o EXP e o XL!

em uma escala de 0 a 10 eu daria 11 a esse encordoamento. Só faço uma única ressalva, uma reposicionada nos preços tornariam esse encordoamento imbatível. "Eu usaria esse encordoamento sem problemas mas com o preço dele eu compro dois XL, e como toco na noite ter cordas reservas é uma necessidade." afirmou Gilberto Filho ao me passar o relatório do teste!