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Jornalista e músico por amor a ambos os ofícios, mantenho esse espaço sem fins lucrativos para divulgar a cena local, seja com a participação de banda locais, seja com a bandas nacionais.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Teste de Equipemento - Encordoamento Nylon Clássico - tensão Leve

Semanas atrás como já retratado em um post neste blog, comprei um encordoamento com defeito da marca Giannini, como estava com um defeito, e eu não sabia se causado na fabricação do mesmo ou se o problema era pela idade do encordoamento (ver post http://maiaerik.blogspot.com/2010/02/seriedade-de-empresa-genuinamente.html) comuniquei a empresa que me enviou um novo encordoamento. As cordas chegaram e passado o tempo das folias de momo ta aqui o teste.

O encordoamento Giannini Clássico tensão leve, fabricado em Janeiro de 2010, como dito no post anterior foi instalado em um violão Condor clássico modelo C-30. E em menos de 24 horas após a instalação os bordões se mostraram equilibrados com graves cheios e brilhantes, com bastante punch. Para quem toca musica popular esse encordoamento vai satisfazer pela sonoridade e pegada macia, as vezes tinha que olhar para sentir as cordas nos dedos de tão leve que é o encordoamento. As primas deram um pouco mais de trabalho, como é esperado em todos os encordoamentos de nylon. Mas quando cederam e seguraram a afinação foi só alegria. Os som era macio e aveludado como se espera de boas cordas primas de nylon, gerando bons timbres para MPB, samba, bossa nova e por que não o Jazz.

Talvez músicos que como eu tenham uma pegada mais pesada precisem um encordoamento com uma tensão mais alta, mas para isso a Giannini oferece opções que vão desde a tensão leve até a tensão Super Extra Pesada, passando pela Média, Pesada e Extra Pesada. E com certeza uma dessas irá satisfazer o músico mais exigente por bons timbres e os que tem a pegada mais forte.

Quanto a durabilidade, já mantive em meu violão um desses encordoamentos por uns 4 meses, lembrando que o encordoamento usado era compatível com minha pegada forte e que com cuidado na higienização das cordas essa vida útil pode ser ainda maior, mas que o grande referencial para a permanência das cordas em seus instrumentos é seu ouvido. Então quando achar que o som não está mais legal, é a hora certa de trocar. E esse encordoamento com certeza será uma boa pedida para os violões brasileiros.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Alagoas tem a música mais tocada do verão de 2010....

          É isso mesmo. A música mais tocada nesse verão e consagrada nesse carnaval foi o Vale Nigth, do grupo Cannibal, aqui mesmo de Alagoas.

          A música, gravada pelo gigantesco grupo baiano de axé, Asa de Águia, fez tanto sucesso entre os foliões da Bahia que onde se passou, pelo menos no nordeste, estava entre as mais tocadas. O sucesso foi tanto que outros grandes artistas baianos, como Ivete Sangalo e Cláudia Leite, também cantaram a composição de Tonynho e seus colegas.

          Não feliz com o sucesso da música, os foliões fizeram do termo, um misto de português e inglês que dá título a música uma gíria bastante usada. Foi tudo de forma tão intensa que o Jornal Nacional fez uma matéria para mostrar o sucesso da música e da gíria. E não bastante já circula na internet um e-mail com o certificado intitulado de Vale Nigth, como um "alvará de soltura" como anexo.

          Pena que as rádio alagoanas identificaram a música como pouco comercial para o veículo e só a tocaram quando Durvalino colocou sua voz.

          Parabéns aos meninos do Cannibal, e viva ao sucesso de uma música genuinamente alagoana. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Teste de Equipamento - Violão Condor C-30

Com a invsão dos equipamentos asiáticos no mercado nacional ficou difícil escolher um violão de preço convidativo para compor, gravar em home studios ou simplesmente tocar em casa com o amigos. as opções são quase que infindáveis, de marcas renomadas e marcas nem tão conhecidas assim. Sendo o Brasil um país com tradição e boa reputação na fabricação de violões nylon, é ainda mais difícil decidir qual violão comprar. A Condor, uma jovem empresa nacional que incorporou uma tendência mundial, projeta em casa e fez da Ásia o seu parque industrial.

Nos seus modelos iniciais encontramos boas opções abaixo de R$ 350,00, como o Condor C-30 um instrumento de preço acessível com uma boa configuração de madeira conferindo a ele um som forte e equilibrado. Com corpo em Mogno laminado e tampo em Spruce Plywood também laminado, braço feito com mogno com escala em Rosewood, e tarrachas de fabricação própria, o violão é bastante confiável. Ao meu ver apenas o nut e o rastilho devem ser trocado. São confeccionados em plático quando deveriam ser de osso, o que garantiria ao instrumento um som mais orgânico e menos anasalado.

Equipado com um encordoamento Giannini Clássico de tensão leve, os sons produzidos pelo violão foram bastante agradáveis, apropriados para Musica Popular Brasileira, com graves cheios, médios discretos e agudos doces e macios. O som me pareceu um pouco nasal como já dito, mas um investimento de pouco mais de R$ 10,00 em um luthier seria o suficiente para melhorar ainda mais o som desse violão clássico. É bem verdade que com cordas tensão média ou pesada os sons produzidos fiquem ainda mais acentuados colocando o violão em uma situação confortável para por exemplo fazer uma gravação, mas isso depende do instrumentista, da sua pegada, e do seu gosto.

A grande verdade é que o C-30 é um instrumento justo, com ótima relação custo benefício e que pode ser usado sem medo algum em experimentações pelo seu dono. A Condor provou que a fórmula esta dando certo e que essa promessa ainda vai longe, e eu fico imaginando quando essa fábrica levar essa fórmula até o campo dos violões assinatura, como já fazem a Giannini e a Tagima. Lembrando que a Guitarra feita em parceria entre a Condor e Nelson Farias é uma boa referência do que podemos esperar.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Seriedade de empresa genuinamente Nacional.

Há pouco mais de duas semanas um primo me pediu que fosse com ele comprar um encordoamento para violão nylon. Ao chegar no centro de Maceió, na Rua Barão de Atalaia, onde se concentam várias lojas de instrumentos da capital (como a famosa Teodoro Sampaio no bairro de Pinheiros em São Paulo), encontramos o encordoamento que estavámos procurando; Giannini Clássico - tensão leve.

Ao chegar em casa dei um trato no violão, uma limpeza que será explicada passo a passo em uma outra postagem no futuro, e comecei a instalação do encordoamento como sempre faço, da 6ª para a 1ª corda. A sexta corda estava perfeita, a quinta também, mas a 4ª corda estava com um problema. A parte de Bronze prateada que reveste o microfilamento de naylon, estava com falha no espiral em vários lugares. Um exame mais detalhado do encordoamento revelou que o mesmo havia sido fabricado em 2008, portanto um jogo velho que pode ter sofrido oxidação no estoque da loja.

Assim eu resolvi entrar em contato com a Giannini e comunicar a falha. De imediato, para minha surpresa, recebi uma resposta de Mônica de Carvalho Lucena, do Depatarmento de Marketing, infomando que eu devia enviar a embalagem do encordoamento, com a cópia do e-mail que acabara de me mandar, pelo correio para que assim me enviasse um novo encordoamento. Assim feito, em menos de uma semana recebi em casa o mesmo encordoamento, desta vez fabricado em 26 de Janeiro de 2010, onde ainda identificava o problema, uma falha no controle de qualidade na hora de montar o encordoamento. A corda com defeito deveria ser descartada.

O encordoamento foi instalado ainda hoje pela manhã, e não apresentou nenhum problema de estrutura. Em breve publicarei o resuldato desse teste e mais uma vez deixo claro minha admiração pelas empresas que respeitam seus clientes.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Músicos alagoanos são o show no Baile Municipal

por Sóstenes Lima, presidente da Cooperativa dos Músicos de Alagoas



Ontem à noite (04/02/2010), durante o baile municipal de carnaval, tivemos mais uma prova daquilo que já sabemos sobejamente: os músicos alagoanos são de um valor e qualidade que em nada deixam a desejar em relação a qualquer orquestra de frevo ou de samba do país.

Um dos exemplos, e houve mais de um na noite, foi a orquestra capitaneada pelo nosso querido maestro Almir Medeiros que deu show em competência, animação e profissionalismo. Não precisamos de atrações interestaduais para garantir a qualidade das nossas festas, a menos que seja para ampliar a variedade e o conhecimento de novas leituras. Tirando isso, a alegria estará sempre garantida pelos nossos músicos, motivo de nosso orgulho.

Registro também a generosidade do nosso cooperado Lima Neto, um dos vocalistas da orquestra, que fez uma saudação pública à Comusa, Coo perativa da Música Alagoana, que é só mais um canal para o fortalecimento dessa mesma música que muito nos orgulha.

Parabéns Almir e seus músicos, parabéns afinadíssimo Lima Neto e parabéns Prefeito, que quando acertar, como fez ontem na escolha das atrações musicais, será merecedor de elogios. Quando não, estaremos atentos para criticar na busca de maiores espaços para quem vive o universo da música aqui.

Nem só de fantasia vive nosso carnaval.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cooperativa dos Músicos, uma alternativa cultural.

A participação de músicos na maior feira de artesanato de Alagoas, a Artnor, provou não só a riqueza cultural do estado mas também a certeza de que o cooperativismo é um saída rentável a setores desconhecidos do grande público e ignorados pelas grandes mídias. Músicos de vários estilos e com as mais variadas influências fizeram suas apresentações na feira de artesanato, agradando ao variado público presente e atestando o sucesso da recém fundada Cooperativa dos Músicos de Alagoas, a COMUSA, que selecionou os artistas.

Esse sucesso todo só foi possível pela importância de parcerias com a SECULT e o SEBRAE para a participação na feira, e com o SESCOOP na organização da cooperativa. Além de parcerias com instituições que acreditam no cooperativismo como um novo paradigma comercial e uma forma de organização muito vantajosa para os seus membros. Fazendo com que a classe produtiva da música seja incluída de forma rentável e produtiva na cadeia de trabalho.

Para Sóstenes Lima, músico e presidente da COMUSA, “este é o primeiro passo para difundir o trabalho autoral dos artistas alagoanos”. Para ele essa é a hora dos músicos do estado se unirem em prol de uma causa que faça o cenário da música alagoana ser observado não só pelos conterrâneos, mas também pelo país, a exemplo de outros estados que conseguiram tornar vários artistas conhecidos do grande público.

“O nascimento da cooperativa, a nova gestão da Ordem dos Músicos do Brasil/AL e a gravação de composições de artistas da terra por grande personalidades do cenário nacional, mostram que Alagoas é um estado com potencial para crescer e alavancar artistas que estejam engajados e que lutam pelo crescimento cultural do estado, além do que, mostra o ressurgimento da cena musical de forma concreta e sólida”, afirma Oscar Garcia Agreda, produtor cultural referindo-se ao Asa de Águia e a Ney Matogrosso que lançaram recentemente músicas do grupo Cannibal e de Júnior Almeida (artista solo) respectivamente.

Ainda assim, há muito trabalho a se fazer. Muitas bandas ainda não são cooperadas e ainda há poucas cooperativas no Brasil, mas para Luis Felipe Gama, presidente da Cooperativa dos Músicos de São Paulo, Alagoas está no caminho certo. “A COMUSA tem um grande potencial, pois Alagoas sempre foi referência de qualidade artística, assim como os artistas Alagoanos que são conhecidos pelo Brasil a fora, a exemplo de Djavan, Fernando Melo do Duofel, e Fernando Nunes (artista solo)”.