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Jornalista e músico por amor a ambos os ofícios, mantenho esse espaço sem fins lucrativos para divulgar a cena local, seja com a participação de banda locais, seja com a bandas nacionais.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dia Mundial do Rock - Persona Rock'n Roll

Erik Maia
Imagens: da internet

Hoje, 13 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Rock, como essa data foi criada eu não sei mas, o que eu realmente sei é que hoje podemos celebrar, algumas personalidades. Várias pessoas poderiam personificar a atitude rock’n roll, seja qual for à linha de atuação. Atores, cantores, instrumentitas, poetas, filósofos entre outros tantos. Mas no princípio houve um que sob o meu ponto de vista merece mais que nenhum outro o título de persona rock’n roll.



Robert Leroy Johnson nasceu em 8 de maio de 1911 e morreu em 6 de agosto de 1938. E esse é o primeiro fato de grande relevância deste texto. Robert Johnson, como ficou conhecido artisticamente, morreu aos 27 anos, e é o primeiro artistas da lista de rock stars que morreram com essa idade. Na mesma lista estão nomes como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Coibain... e a última da lista Amy Winehouse.

Johnson não era um roqueiro. Ela um bluesman de mão cheia. O blues somado ao county (musica sertaneja americana) forjam o estilo, que receberia anos mais tarde o título que Rock and Roll. E esse estilo (o blues) é a maior referência de todo o roqueiro. Basta dizer que Muddy Waters, Bob Dylan, Johnny Winter, Jeff Beck, Eric Clapton e os músicos de bandas como Led Zeppelin e The Rolling Stones sempre citavam Johnson como "o mais importante cantor de blues que já viveu". E a revista Rolling Stone o considerou o 71º melhor guitarrista de todos os tempos, mesmo esse cara nunca tendo tocado guitarra na vida. Afinal de contas todos os seus registros e as duas únicas fotos que se tem notícia em que ele aparece (há uma terceira foto, mas que ainda não há comprovação que é a lenda que aparece na imagem).





Outra coisa que o caracteriza como persona Rock’n Roll são as atitudes extravagantes. O primeiro deles é a estória que sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale,Mississippi. Fez isso em troca da proeza para tocar guitarra.

Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas de sua autoria, como "Crossroads Blues", "Me And The Devil Blues" e "Hellhound On My Trail".
E isso é tão relevante em sua carreira que está descrito no filme Crossroads, de 1986, no episódio 8, da segunda temporada da série Supernatural e na faixa bônus da pág. 101 do livro Encruzilhada (Literata, 2011), do autor brasileiro Ademir Pascale.

Esse fato é ainda considerado por muito decisivo na maneira de tocar de Johnson, já que para muito seria impossível gravar da forma como ela o fazia. O bluesman tem 29 músicas gravadas em um total de 40 faixas, feitas em apenas duas sessões de gravação, uma em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e a outra em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Hoje suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas e bandas, como Led Zeppelin, Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.

Uma outra curiosidade sobre essas gravações são os timbres usados. Isso virou até tese acadêmica já que Johnson usou várias afinações diferentes e capotraste nas gravações tornando quase impossível alguém tocar as músicas da mesma forma que ele.
Sua morte é outro grande mistério. Uma das histórias propõe que em 1938 durante uma apresentação no bar Tree Forks Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar, o qual estava enciumado por Jonhson ter flertado com sua mulher. Sonny Boy Williamson, que estava tocando junto com Jonhson, havia alertado-o sobre o whisky, porém este não lhe deu atenção. O envenenamento não o matou, mas contraiu pneumonia e teria morrido 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi.



O mito ainda explica detalhes sobre ele ter saído desesperadamente do bar Tree Forks, sendo perseguido por cães pretos e foi encontrado com marcas de mordidas profundas, cortes em forma de cruz no rosto e seu violão intacto ao lado do corpo ensanguentado.Há outras várias versões populares para sua morte: que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte. Robert morreu de olhos abertos e uma expressão tranquila no rosto.

Hoje a Gibson, gigante americana na fabricação de instrumentos, tem em seu catálogo um modelo de violão em homenagem ao artista. O modelo em questão é o mesmo que aparece nas fotos.



Tendo esse cara sido tão importante para tantos artistas modernos sob a minha avaliação ele merece o título de Persona Rock and Roll, no Dia Mundial do Rock.