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Jornalista e músico por amor a ambos os ofícios, mantenho esse espaço sem fins lucrativos para divulgar a cena local, seja com a participação de banda locais, seja com a bandas nacionais.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cooperativa dos Músicos, uma alternativa cultural.

A participação de músicos na maior feira de artesanato de Alagoas, a Artnor, provou não só a riqueza cultural do estado mas também a certeza de que o cooperativismo é um saída rentável a setores desconhecidos do grande público e ignorados pelas grandes mídias. Músicos de vários estilos e com as mais variadas influências fizeram suas apresentações na feira de artesanato, agradando ao variado público presente e atestando o sucesso da recém fundada Cooperativa dos Músicos de Alagoas, a COMUSA, que selecionou os artistas.

Esse sucesso todo só foi possível pela importância de parcerias com a SECULT e o SEBRAE para a participação na feira, e com o SESCOOP na organização da cooperativa. Além de parcerias com instituições que acreditam no cooperativismo como um novo paradigma comercial e uma forma de organização muito vantajosa para os seus membros. Fazendo com que a classe produtiva da música seja incluída de forma rentável e produtiva na cadeia de trabalho.

Para Sóstenes Lima, músico e presidente da COMUSA, “este é o primeiro passo para difundir o trabalho autoral dos artistas alagoanos”. Para ele essa é a hora dos músicos do estado se unirem em prol de uma causa que faça o cenário da música alagoana ser observado não só pelos conterrâneos, mas também pelo país, a exemplo de outros estados que conseguiram tornar vários artistas conhecidos do grande público.

“O nascimento da cooperativa, a nova gestão da Ordem dos Músicos do Brasil/AL e a gravação de composições de artistas da terra por grande personalidades do cenário nacional, mostram que Alagoas é um estado com potencial para crescer e alavancar artistas que estejam engajados e que lutam pelo crescimento cultural do estado, além do que, mostra o ressurgimento da cena musical de forma concreta e sólida”, afirma Oscar Garcia Agreda, produtor cultural referindo-se ao Asa de Águia e a Ney Matogrosso que lançaram recentemente músicas do grupo Cannibal e de Júnior Almeida (artista solo) respectivamente.

Ainda assim, há muito trabalho a se fazer. Muitas bandas ainda não são cooperadas e ainda há poucas cooperativas no Brasil, mas para Luis Felipe Gama, presidente da Cooperativa dos Músicos de São Paulo, Alagoas está no caminho certo. “A COMUSA tem um grande potencial, pois Alagoas sempre foi referência de qualidade artística, assim como os artistas Alagoanos que são conhecidos pelo Brasil a fora, a exemplo de Djavan, Fernando Melo do Duofel, e Fernando Nunes (artista solo)”.

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